quarta-feira, 20 de maio de 2015

Escolhas

Omar era um mendigo, com pés rachados e sujos e pedia dinheiro na frente da igreja da cidade.
Um belo dia uma linda jovem o aborda e lhe dá um prato de comida, e com lágrima nos olhos ele aceita "é um anjo" ele pensou.
A cena se repetiu por um mês inteiro, a garota chegava com uma marmita entregava para Omar mas nunca falava nada, nem quando Omar tentava puxar um assunto ela abria a boca, simplesmente entregava a marmita, virava e ia embora.
Um dia Omar intrigado decidiu seguir a garota e enquanto andava começou a se recordar de sua família que ele deixou, sua mulher e 2 filhos, ele havia se envolvido com coisas erradas na época, bebidas, drogas, furtos e roubos e por fim a cadeia, e com isso a vergonha de ver a família novamente, ele se sentia sozinho, pedindo dinheiro para sobreviver e para alimentar seus vícios, a bebida e as drogas tinham lhe tirado a alma, mas roubar jamais o faria de novo, a cadeia lhe ensinou muito bem como o ser humano pode ser cruel, estupro, violência, mortes a cadeia era uma terra de ninguém e ele não queria mais ter que conviver com esse medo e terror novamente.

A garota percebe que Omar a esta seguindo então ela para e se vira e pela primeira vez ele escuta a vós de seu anjo: - O senhor gostaria de algo? Por que esta me seguindo? - Omar ficou mudo, as palavras vinham a sua cabeça, queria perguntar quem era ela, o porque de tanta gentileza mas a boca só pronunciava palavras desconexas. A garota então fala: - Gostaria de ir a minha casa? - Omar faz um gesto que sim e lá se foram caminhando pelas ruas da cidade e quando ele percebeu esta indo em direção a um casebre afastado de tudo em um local inóspito.

A garota abre o portão de ferro que range e acena para Omar entrar.

Omar estava sem jeito, o local era simples mas muito bem arrumado, a garota vai até a cozinha e logo traz uma bandeja com café e biscoitos e Omar esta de pé próximo a porta, a garota então fala para Omar se sentar em uma poltrona perto dela.

- Creio que nunca me apresentei a você. Meu nome é Ester e o senhor se chama Omar correto?

O homem da um sinal de sim para a garota.

- O senhor esta muito calado hoje!

Omar então fala.

- E...É que é a primeira vez que a senhora fala comigo.

A garota solta um risinho e fala:

- Eu só não sentia a necessidade de falar algo, mas deixemos esse assunto, tome um café e coma esses biscoitos e me fale, por que me seguia?

Omar toma um gole de café e meio sem jeito falou:

- Eu estava curioso! A senhora sempre é tão boa comigo, me leva comida e nunca fala nada. Só queria lhe agradecer e lhe perguntar. Por que a senhora me ajuda?

Ester olha nos olhos de Omar e ele repara o quão bonita é Ester, olhos verdes profundos, cabelos vermelhos e pele clara.

- Vou lhe contar uma história. - disse Ester - Eu era muito pequena e só me lembro de algumas coisas, eu tinha 6 anos e já tinha visto o pior que as pessoas podem fazer, minha mãe sempre sustentou a nossa casa, mesmo quando meu pai morava conosco, eles eram o oposto um do outro, minha mãe era amorosa, meu pai era frio, ela era a representação da esposa e mãe perfeita e sempre acreditou que meu pai tomaria jeito, que largaria seus vícios até mesmo antes de morrer naquela cama de hospital, pois depois que meu pai desapareceu as coisas pioraram e ela teve de se tornar uma prostituta para sustentar a casa, ela acreditava que meu pai voltaria e fiz uma promessa quando ela deu seu ultimo suspiro.

Omar com lágrima nos olhos perguntou:

- Qual foi a promessa?

Ester com o olhar gélido e com ódio na voz fala:

- Eu iria me vingar do desgraçado que nunca deu amor a minha mãe a mim e meu irmão.

Omar começa a ficar zonzo, sua boca fica seca e a visão turva.

- O senhor é meu pai, Omar! O senhor é a causa de minha desgraça e de meu irmão que morreu com 3 anos por que o senhor deixou sua droga em casa, ele comeu pensando que era açúcar! Se não me engano era cocaína, minha mãe teve de esclarecer as coisas com a policia, ela quase foi presa mas por conta da lingua das pessoas ela perdeu o emprego como empregada domestica! O SENHOR MATOU MEU IRMÃO E MINHA MÃE!

Omar fraco e sentindo enjoo perguntou:

- O que tinha no café?

Ester sorriu e falou:

- Veneno papai!

Enquanto Omar caia no chão com vomito na boca pensou: "É justo"

terça-feira, 19 de maio de 2015

Off Topic - Avisos e Sonhos

Ola a todos.

Aqui é o Vanguard, humilde criador deste blog de contos e estou aqui para esclarecer o porque de demorar tanto para postar algo. Como eu trabalho eu não tenho muito tempo para cuidar deste blog e como ele não me gera nenhuma renda e eu tenho esposa e filho para sustentar eu tenho que focar em meu trabalho.

Outra coisa é que esse Off Topic vai ser um tema recorrente aqui onde pretendo falar de assuntos fora dos temas de contos, talvez eu fale dos filmes que eu gosto e coisas que aconteceram comigo e que estão dentro do tema macabro e assustador, desde pesadelos até coisas que não tem uma explicação e que deixaram dias sem dormir direito. Então abaixo esta uma destas história, esperam que curtam.



Quando eu tinha 7 anos eu tive esse pesadelo.
Eu estava na em casa com minha irmã e estávamos nos escondendo pois tinha alguma coisa nos perseguindo, a casa até hoje existe e meus pais e irmãos moram lá, é uma casa com  1 andar, na época havia uma porta na sala e outra na cozinha, na sala havia uma escada em espiral que ia ao primeiro andar e estávamos nos escondendo debaixo dela quando na porta da sala aparece um ser com um grande capuz preto, a pele era branca e olhos negros, ele esticou a mão e ela se aproximava e crescia até que agarrou minha irmã e a levou. Eu corri atrás da criatura mas quando sai pela porta não estava no meu quintal, mas estava em um ponte de pedra, em baixo da pote corria um rio de lava e no fim dela havia 2 pirâmides. Fui até o fim da pote e quando cheguei aos pés das pirâmides havia um pátio com varias crianças no local, próximo a uma plataforma estava minha irmã e uma menina que seria minha prima e seu nome seria "Libélula" (depois de anos descobri que ela não existia, mas tenho varias lembranças de ter visitado essa garota na minha infância mas esta história fica para outra hora), cheguei perto das duas e falei: - Vamos sair daqui. - quando peguei no braço da minha irmã todos em volta se tornaram criaturas bizarras mas lembro claramente de uma que estavas bem próximo de mim, ela não tinha boca, a pele era azulada bem clara, orelhas pontudas, pele oleosa e grandes olhos pretos, minha prima, minha irmã e eu corremos em direção da ponte e todas as criaturas correram atrás de nós e quando passamos pela ponte estávamos no quintal da minha casa, porem as criatura estavam ainda vindo, então falei para as duas correrem que eu ia segurar o portão do corredor,  eu estava fazendo força no portão e senti algo empurrando para abri-lo, foi quando do meu lado surgiu um homem com um casaco militar vermelho (tipo aqueles de filmes que tem soldados ingleses, era um uniforme igual), não lembro do rosto do sujeito mas ele se aproximou e me ajudou a segurar a porta. Chegou um momento em que não conseguia mais segurar e o cara também não, ele olhou para mim e só lembro que o portão se abriu e houve um clarão, foi ai que acordei.

Sei que é apenas um sonho, mas como eu tive poucos pesadelos e esse foi um dos que me deixou com  mais medo por não se tratar de algo que acontecia comigo mas com um de meus irmãos é até hoje um sonho que eu tenho mais medo.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Uma viagem inesquecivel

Claudio, Sheyla, Marcos e Nádia decidiram viajar para um pequena cidade perto do litoral em busca de uma aventura nas férias da faculdade, logo que chegaram se hospedaram em um pousada e saíram em busca de algo para fazer. Eles percorreram toda cidade, foram ver a igreja e pontos turísticos como o "Monte da Viúva" onde supostamente uma mulher se suicidou logo depois de saber que seu grande amor havia morrido em afogado, mas foi voltando a pousada que eles acharam algo realmente interessante para se fazer. No quadro de avisos um panfleto para uma viagem de barco para alto mar e depois um passeio em uma ilha chamada "Ilha do Afogado" que o dono da pousada dizia ser muito bonita.

Então decididos a aproveitar ao máximo se dirigiram a praia em busca da tão esperada aventura.
Chegando na praia foram ao local informado no panfleto, um bar de pescadores, lá estava um senhor gordo com uma longa barba preta e que fedia a peixe, Claudio então foi até o balcão onde o homem estava e perguntou: - Bom dia.  É aqui que a gente faz essa excursão do panfleto para a Ilha do Afogado? - O homem se vira e com uma voz grave fala: - Sim meu jovem, gostaria de ir ver a ilha? - Sim! Eu e meus amigos! Estas são Sheyla e Nádia! Este é meu amigo Marcos e eu sou o Claudio! - Claudio estende a mão ao senhor do balcão  - Prazer! Pode me chamar de seu Zé! - que logo apertou a mão do jovem - O preço da viagem é $25,00 por pessoa. - Marcos então sacou de uma nota de $100,00 e entregou ao Zé - E Quando saímos? - Falou Marcos - Se quiserem só vou chamar meu filho e podemos ir em 10 minutos para meu barco. - Seu Zé saiu rapidamente e deixou um ajudante do bar tomando conta, os 4 amigos pediram uma cerveja de procedência duvidosa e uma porção de linguiça fatiada, todos estavam ansiosos, talvez os garotos mais que as garotas pelo simples fato de pensarem em como seria aproveitada a noite entre casais. Claudio era um garoto de 19 anos, alto e magro, cabelos lisos castanhos e olhos azuis, seu interesse na viagem era a bela Nádia, uma garota que conheceu na Faculdade onde ele cursava História e a Nádia cursava Administração, ela era uma garota magra, tinha 20 anos, cabelos loiros, olhos castanhos e o que chamava mais a atenção dos homens eram os seios fartos.
Marcos era o típico esportista, forte, cabeça raspada, as orelhas esfoladas pelas incontáveis horas treinando Jiu - Jitsu no tatame, tinha olhos pretos e era baixo tinha 19 anos e cursava Educação Física, namorava Sheyla uma garota extrovertida de 18 anos, baixa com grandes olhos verdes e cabelos pretos, cursava Direito. Os quatro ficaram lá até que o seu Zé voltou passando pela porta do bar e falou - Tudo pronto, podemos ir! - Os quatro amigos pegaram suas coisas e foram para o barco, na verdade, um velho barco de pesca mas que dava mais charme a aventura.
Então zarparam em direção ao mar onde ao longe viam uma pequena ilha.

Marcos estava eufórico e falou com seu Zé - O Zé, por que essa ilha tem esse nome? Ilha do afogado? - Zé olhou para a cara do rapas com um sorriso zombeteiro e falou - É por que um homem se afogou lá - Todos riram de Marcos, e como ele tinha pavio curto foi na direção do seu Zé e lhe apontou o dedo na cara do velho - Olha aqui seu gordo escroto, eu to pagando essa porra, então tenha mais respeito com seu cliente! - Zé olhou para a cara do garoto e finalmente falou - Só quis fazer uma piada para descontrair, não precisa ficar nervoso só por isso! Bem! Você quer uma história e é isso que vou contar a vocês. Há muito tempo havia um pescador, diziam que era o melhor da região! Um homem bom e honrado que tinha uma noiva belíssima, porem essa felicidade do casal despertou a inveja de um homem! Esse homem era um homem cruel, dono também de um barco de pesca e seus companheiros de pescas eram também homens cruéis, se aproveitavam das pessoas, um dia eles prepararam uma emboscada e capturaram o pobre pescador e eles o amarraram de ponta cabeça em uma arvore na ilha em que estamos indo (claro que nesta época a ilha tinha outro nome mas que já foi esquecido pelas pessoas desta região), então deixaram o pobre homem lá, pendurado de ponta cabeça e quando a maré subiu o pobre homem foi afogado. Só o acharam depois de dias de busca e sua linda noiva se suicidou logo que soube que seu grande amado havia morrido. Essa é a história do "Monte da Viúva" e a "Ilha do Afogado". - Todos ficaram em silencio até que Marcos falou - Essa história só pode ser um conto! Quem iria acreditar em algo assim? - Sheyla se levanta agarra o braço de Marcos e fala - Mas foi realmente muito romântico não acha querido? - Marcos a segura e dá um longo beijo em sua boca, foi quando Nádia fala - Tem um barco se aproximando - Todos se viram para olhar e logo depois ouvem um barulho de tiro e Marcos cai com um ferimento fatal na cabeça feito pela pistola calibre 38 que o seu Zé tem em uma mão - Sabe garotos, vocês deveriam entender a moral da história, essa história não é sobre amor e sim um aviso, "O mal esta sempre a espreita" - o barco que vinha ficou em paralelo ao do seu Zé e todos viram homens armados dentro do barco - Boa tarde Zé! E como foi a pescaria hoje? Vejo que pegou 2 lindas serias mas não entendi o por que do franguinho? - Falou um homem moreno e forte de dentro do outro barco - Francisco meu amigo! como é que vai? O franguinho veio junto destas lindas serias mas já ia me livrar dele! Que tal fazermos igual da ultima vez? - Francisco então olha para o rapaz e fala - Deita no chão e coloca as mãos para traz - Carlos deitou no chão, nesta hora ele estava chorando e amaldiçoando aquela viagem, Nádia e Sheyla estava em choque, Sheyla chorava aterrorizada olhando para o corpo de seu namorado, Nádia estava de joelhos com os olhos regalados, não chorava e não emitia quais quer som.

Os homens do outro barco entraram rapidamente e amarraram as mão e pés de Claudio, Nádia e Sheyla foram amarradas e amordaçadas, seu Zé chega bem perto das 2 garotas que agora estão chorando copiosamente e fala - Cada uma deve me valer uma boa grana! Vocês deveriam se sentir felizes, vão conhecer outro país! Provavelmente a Europa! - Quando ouviram isso entraram em desespero mas já era tarde, foram colocadas em um compartimento com mais 5 mulheres dentro do barco que acabara de chegar. Já o pobre Claudio foi amarrado de ponta cabeça em uma arvore da ilha e ficou lá até o anoitecer sendo assistido pelos homens nos 2 barcos enquanto as aguas vagarosamente invade a terra onde ele esta amarrado, todos os pescadores estão rindo ao ver a cara de pavor do pobre rapas, Carlos esta chorando e gritando agora, as aguas agora molham seus cabelos, e em um instante esta com a cabeça submersa, ele bate os pés tentando se livrar da cordas mas é em vão, ele começa a se lembra de sua mãe e seus irmãos, começa a lembrar de Nádia e tenta imaginar qual será o fim dela e da pobre Sheyla e por fim a escuridão invade suas vistas e tudo mais se vai.

Depois de garantir que o garoto esta realmente morto dando um tiro na cabeça dele, seu Zé pega os corpos e vai em alto mar e os joga amarrados com pedras nos pés como tantas vezes o fizera. - Pronto! agora é só ver o lucro de hoje e dar a parte para o dono da pousada!